Voltar ao site

Falta de atualização nos dados sobre a COVID-19 indica subnotificação no sistema prisional do Rio de Janeiro

Infovírus

· De olho no painel

Os dados de contaminações pelo novo coronavírus entre servidores e apenados no sistema prisional do Rio de Janeiro não são atualizados há mais de dois meses. A última atualização do Departamento Penitenciário Nacional (Depen) indica que há 449 detecções, 2.635 suspeitas e 16 óbitos entre os apenados. Esses números permanecem os mesmos desde 26 de outubro, quando houve alteração no número de casos suspeitos.
 
O último boletim do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) indica 477 detecções de COVID-19 entre apenados e 216 entre servidores do sistema prisional do estado até 2 de dezembro. O número de óbitos oficiais em decorrência da doença indicados pelo boletim também permanece o mesmo desde 3 de agosto: 16 entre pessoas privadas de liberdade e quatro entre servidores.
 
No boletim que analisa dados de 14 a 20 de novembro, a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária Fluminense (Seap), informa que há 477 internos contaminados e 16 óbitos, em convergência com os dados do CNJ. A Seap também informou no seu último informativo que estão sendo realizados atendimentos médicos via internet nos internos desde julho de 2020.
 
No sistema socioeducativo, são 170 confirmações de contaminação entre agentes. Segundo o último boletim do CNJ, o número de adolescentes contaminados permanece o mesmo desde 14 de outubro, com oito casos confirmados.

Essas informações indicam incerteza sobre a proliferação do vírus dentro do sistema penal e socioeducativo do Rio de Janeiro, sobretudo pela divergência entre os dados oficiais e as precárias condições a que estão submetidas as pessoas privadas de liberdade no estado, como o Infovírus divulgou ontem.