Da listagem de 1.300 pessoas reconhecidas como grupos de risco nos presídios do Distrito Federal, apenas 66 prisões domiciliares foram deferidas, o que mostra descumprimento da Recomendação nº 62 do CNJ.
Ministério Público, Tribunal de Justiça e Subsecretaria do Sistema Penitenciário (Sesipe), em reunião da Comissão de Direitos Humanos da CLDF de 25 de maio, afirmaram a eficiência e a transparência no enfrentamento ao coronavírus nas prisões do Distrito Federal.
As testagens na população prisional do Distrito Federal são 95,7% da testagem da população prisional nacional, segundo o Depen. Este número não indica eficiência no combate à contaminação, porque testes rápidos só são usados em pessoas que já têm sintomas, o que impede uma atuação preventiva ágil, e implica em mais de 75% de falsos negativos. Além disso, o número de testes aplicados não chega a 15% da população prisional do Distrito Federal.
Segundo os dados, sabidamente subnotificados, uma pessoa na população prisional do Distrito Federal tem 17 vezes mais chances de ser contaminada do que uma pessoa na Região Administrativa mais afetada do Distrito Federal. De todos os testados na população prisional, 16,8% são positivos, na população do Distrito Federal, de todos os testados, 5,03% são positivos.