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Familiares de pessoas privadas de liberdade participam de atos do Grito dos Excluídos

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No último dia 7 de setembro, ocorreram atos em diversos municípios brasileiros marcando o Grito dos Excluídos. Familiares de pessoas privadas de liberdade e militantes das Frentes Estaduais pelo Desencarceramento participaram dos atos, sob motes como “Nem tiro, nem cadeia, nem covid, nem fome” e “Ser família não é crime”. Os atos também pediam o impeachment de Jair Bolsonaro.

No Ceará, a Frente Estadual pelo Desencarceramento e o Coletivo Vozes de Mães e Familiares do Sistema Socioeducativo e Prisional pediram o fim da tortura nas prisões. Em faixas, as familiares comparam as prisões às “senzalas do nosso tempo”. De cada três pessoas presas no Brasil, duas são negras, segundo o 14º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, de 2020. Em 15 anos, o encarceramento de pessoas negras aumentou 14%, enquanto o de pessoas brancas diminuiu 19%.

Em Rondônia, familiares também se manifestaram pela volta das visitas no sistema prisional e contra o pacote anticrime, lei apresentada pelo ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, e sancionada por Jair Bolsonaro. Segundo a análise de diversas entidades de defesa dos direitos humanos, o pacote anticrime contribui para o aumento do encarceramento de pessoas negras e pobres.