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De acordo com boletim emitido em 06 de julho pelo Departamento Penitenciário do Paraná, 223 apenados e 40 servidores já testaram positivo para o novo coronavírus. O Departamento Penitenciário Nacional não apresenta atualizações no painel em relação ao estado desde o dia 21 de maio, contabilizando apenas uma detecção e duas suspeitas.
No dia 03 de julho, 69 presos testaram positivo para o novo coronavírus, dentre os 74 testes realizados na Cadeia Pública de Marechal Cândido Rondon, no estado do Paraná. De uma população de 115 apenados, foram testados apenas os presos que apresentaram sintomas de COVID-19, ou que tiveram contato com internos que já haviam testado positivo, conforme noticiou a Gazeta do Povo.
A Defensoria Pública Estadual do Paraná (DPE-PR) apresentou, desde março, 18 medidas em defesa dos presos dos grupos de risco da Cadeia Pública de Marechal Cândido Rondon, dirigidas ao juízo da execução penal, ao Tribunal de Justiça do estado, e ao Superior Tribunal de Justiça. Até o início de julho, 12 decisões foram denegadas e seis estão pendentes de julgamento.
Em uma das decisões de primeiro grau que denegou pedido de prisão domiciliar a um preso de grupo de risco, o juiz da Vara de Execução do município, Clairton Mário Spinassi, baseou-se na ausência de suspeitas de contágio na carceragem local, desconsiderando a rápida propagação no ambiente prisional. Para o juiz, já estavam sendo adotadas as medidas necessárias para evitar a propagação da doença.
Os 69 novos casos na Cadeia Pública acarretaram a duplicação do número de casos confirmados no município paranaense.
O Departamento Penitenciário (Depen-PR) ainda não informou sobre a realização de testes. Após pedido de informações por parte da DPE, o juiz corregedor Fabricio Voltaré arquivou os autos sem a realização de diligências, baseado em informação não oficial do Depen-PR de que a medida havia sido tomada em razão da emergência, e seria provisória.