O painel do Departamento Penitenciário Nacional (Depen) registra três óbitos, 1.386 casos suspeitos e 1.368 detecções do novo coronavírus em apenados nos estabelecimentos prisionais do Paraná em 5 de novembro. Além dos custodiados, foram registrados dois óbitos e 401 casos confirmados entre servidores das casas prisionais paranaenses, conforme o boletim do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Os dados publicados sobre a COVID-19 nos estabelecimentos prisionais do Paraná apresentam inconsistências: a Secretaria da Saúde registrou no dia 5 de novembro a ocorrência de 1.866 casos suspeitos e 1.426 detecções entre os custodiados, números superiores aos apresentados pelo Depen.
O Conselho Nacional de Justiça informou o registro de 1.432 detecções da COVID-19 entre custodiados do estado no boletim de 4 de novembro.
Não é a primeira vez que o Infovírus aponta as inconsistências entre os dados oficiais sobre a situação da pandemia nas unidades prisionais paranaenses. No dia 14 de setembro, falamos da opacidade nas informações, ressaltando que a gestão transparente dos dados sobre a pandemia nas prisões é um dever das administrações penitenciárias e do Estado. Meses depois, essa conduta do sigilo segue no sistema penitenciário do Paraná.
No dia 22 de outubro, a Frente Estadual pelo Desencarceramento do Paraná denunciou que os custodiados da Colônia Penal Agrícola do Paraná (CPA), em Piraquara, estão sem acesso à água, alimentação e luz elétrica em determinados períodos do dia.