No dia 22/10, o Infovírus noticiou que, em sete meses de pandemia, mais de 10.800 servidores do sistema carcerário foram infectados pelo novo coronavírus. O boletim do CNJ informa também que, até 21/10, 86 policiais penais e servidores morreram em decorrência do vírus.
A inconsistência de dados é uma realidade também em Minas Gerais e Goiás. O Infovírus noticiou que além do sumiço dos casos, no estado mineiro, a conta entre casos registrados como confirmados e os novos recuperados não fecha, de acordo com o Painel do Depen. Em Goiás, Diretoria Geral de Administração Penitenciária e boletim do CNJ discordam quanto à quantidade de testes realizados (6.137 e 5.246 testes respectivamente).
Em Tocantins, diante da ausência de informações sobre o estado de presos, familiares protestaram no dia 19 de outubro. No mesmo mês, no Centro de Reeducação Social Luz do Amanhã, em Cariri, um dos estabelecimentos prisionais mais deteriorados do estado, presos fizeram greve de fome pedindo o retorno das visitas e melhoria na qualidade da alimentação. A greve de fome gerou conflito entre os presos.
No Paraná, no dia 22 de outubro, a Frente Estadual pelo Desencarceramento do Paraná @desencarcerapr denunciou que os custodiados da Colônia Penal Agrícola do Paraná (CPA), em Piraquara, estão sem acesso à água, alimentação e luz elétrica em determinados períodos do dia. O estado também apresenta inconsistência de dados no número de casos detectados pelo CNJ e pelo Painel do Depen.