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O painel do Depen contabiliza 37 casos de contaminação pelo novo coronavírus nos presídios da Paraíba em 12 de junho. No entanto, de acordo com a Secretaria de Administração Penitenciária do estado e a Defensoria Pública, a Paraíba tem 90 casos confirmados e duas mortes entre os detentos. Além disso, há dezenas de policiais penais contaminados. Em 6 de junho, como o Infovírus mostrou, o diretor do presídio de Mamanguape Denifrank Abrantes morreu vítima da COVID-19.
No jornal local JPB1 exibido em 4 de junho, o Secretário de Administração Penitenciária Sérgio Fonseca afirmou a existência de cerca de 500 presos com sintomas de COVID-19 na Penitenciária Desembargador Sílvio Porto, em João Pessoa, e apenas 15 testes feitos até aquela data. A solução que a Secretaria apresenta é o isolamento desses presos por 10 dias, para só depois realizar os testes. Em caso de confirmação da doença, os presos são transferidos para a Penitenciária Juiz Hitler Cantalice, de segurança média, também em João Pessoa.
Mesmo após pedido da Defensoria Pública Criminal para a testagem preventiva de novos presos provisórios e definitivos antes de suas entradas nas prisões, ela não tem sido realizada, de acordo com as informações da Defensoria. A única medida adotada para presos com suspeita de COVID-19 é a mudança de cela em estabelecimentos superlotados.
A Cadeia Pública de Cuité, no agreste paraibano, tem oito presos confirmados com COVID-19, que foram enviados para João Pessoa. No entanto, uma semana depois, já eram mais 13 presos contaminados, de acordo com a Defensora Pública Carollyne Andrade. Este exemplo ilustra a gravidade crescente da situação no sistema penitenciário do estado.