No sistema socioeducativo brasileiro, entre 13 e 20 de julho, foram registrados 434 novos casos entre reeducandos e servidores, segundo boletim do Departamento de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e do Sistema de Execução de Medidas Socioeducativas do CNJ.
Segundo o CNJ, são 616 reeducandos infectados com o novo coronavírus. O monitoramento chama a atenção para um aumento de ocorrências entre reeducandos em São Paulo: do dia 13 a 20 de julho, 233 novos casos confirmados de COVID-19 foram registrados entre os internos no estado. O sistema socioeducativo ainda registra 16 óbitos de servidores em decorrência da doença.
Além dos impactos da COVID-19 na saúde física, é preciso considerar os efeitos da pandemia na saúde mental dos internos. Com a suspensão das visitas, sentimentos como medo, irritação, ansiedade, tristeza e preocupação em se infectar e adoecer começaram a se agravar entre os adolescentes. Em abril, houve revolta de internos em uma unidade socioeducativa do Rio de Janeiro. A razão foi a suspensão de visitas e atividades educativas e recreativas, devido a medidas para conter a contaminação pelo novo coronavírus.