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5.854 agentes penitenciários testaram positivo para o novo coronavírus no Brasil

Infovírus

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Segundo o boletim semanal do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), divulgado na quarta-feira (29), dos 110 mil agentes penitenciários que atuam no sistema prisional brasileiro, 5.854 testaram positivo para o novo coronavírus. Desse total, pelo menos 65 morreram em consequência da COVID-19.

O Nordeste lidera o número de registros de servidores infectados, com 39,5% dos casos, seguido pelo Norte com 25,1%. O Sudeste está em terceiro lugar no ranking com 20,5% dos casos, seguido pelo Centro-Oeste, com 11%, e pelo Sul com 3,9%.
Além disso, os dados do boletim, atualizados até o dia 27 de julho, indicam a concentração do número de óbitos de servidores no estado de São Paulo, que contabilizou 21 mortes.
A principal forma de detecção do novo coronavírus entre a população prisional e agentes penitenciários tem sido a utilização do “teste rápido”. Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a segurança dos resultados desses testes vem sendo questionada e pesquisas demonstram uma elevada taxa de resultados falsos negativos.

Em entrevista concedida à Ponte Jornalismo, o médico sanitarista e professor da Universidade de São Paulo Gonzalo Vecina Neto afirma que os testes rápidos não servem para nada e os agentes penitenciários acabam levando o vírus para dentro das prisões.

Segundo Gonzalo, “o melhor caminho seria colocar para fora da cadeia as pessoas que fazem parte do grupo de risco ou tem comorbidades, porque o Estado não vai cuidar delas”.