O Ministério Público Estadual do Piauí, através de inquérito civil, concluiu no dia 14 de junho que os casos de adoecimento de cerca de 200 presos, incluindo seis mortes, na Cadeia Pública de Altos/PI, foram resultado de envenenamento, como apontaram diversos laudos médicos e prontuários dos atendimentos.
O titular da 48ª Promotoria de Justiça de Teresina Elói Júnior afirma que no início de maio, pouco antes dos primeiros presos adoecerem, uma empresa havia realizado serviços de dedetização. Na dedetização foi utilizado o inseticida piretróide Cipermetrina 250 Ce, substância compatível com os achados médicos em exames realizados nos presos.
Multiplicam-se também os casos de COVID-19 no sistema prisional piauiense. Em apenas quatro dias, o número de presos contaminado triplicou, atingindo 92 casos confirmados e 128 casos suspeitos em 19 de junho, segundo o painel do Departamento Penitenciário Nacional (Depen). Também registrou-se a infecção de 45 policiais penais, 15 servidores administrativos, nove policiais militares.
Na Penitenciária Mista de Parnaíba, foram registrados 50 casos; no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Altos, 32; no CDP de São Raimundo Nonato, um caso, e na Penitenciária Irmão Guido, oito. As medidas tomadas pela Secretaria de Justiça consistem em isolar os presos contaminados dos demais.
Foto: Jornal O Dia