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Em duas semanas, casos de COVID-19 aumentam 78% na população prisional do Mato Grosso

Infovírus

· De olho no painel

Com um sistema prisional que opera 70% acima da sua capacidade total de vagas, o Mato Grosso registra aumento exponencial no número de detentos contaminados pelo novo coronavírus. Segundo o boletim do dia 5 de agosto da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp), 710 detentos do estado testaram positivo para o novo coronavírus e dois faleceram em decorrência da COVID-19. Em 6 de agosto, o painel do Depen registra 704 detecções e dois óbitos.

No dia 21 de julho, a Sesp divulgou boletim registrando 399 casos confirmados de COVID-19 entre a população prisional do estado. No dia 5 de agosto, esse número subiu para 710 casos confirmados, o que representa um aumento de aproximadamente 78% nos registros de contaminação de custodiados pela COVID-19 em duas semanas.

Segundo o último boletim disponibilizado pela Sesp (05/07), foram aplicados 1449 testes no total, em uma população prisional de 12.519 internos, segundo os dados mais recentes do Infopen. Isso significa que apenas 11% da população prisional foi testada e quase a metade dessas pessoas tiveram resultado positivo, o que acende um alerta para a ocorrência de subnotificação.

A Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá é a unidade prisional que concentra mais casos de COVID-19 entre internos, com 347 registros de detentos contaminados pelo vírus. Além disso, segundo o projeto de extensão da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT) Prisões e Pandemia no Estado de Mato Grosso, na Cadeia Pública de Nova Mutum, dos 110 reeducandos, 79 testaram positivo para o novo Coronavírus, o que representa 70% da população prisional total contaminada.

Além dos detentos, o sistema prisional do Mato Grosso registra 232 casos contaminados e dois óbitos em decorrência do novo coronavírus entre servidores.