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Em um mês, oito detentos vão a óbito por COVID-19 no sistema prisional do Rio Grande do Sul

Infovírus

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Do dia 18 de maio a 18 de junho, o Rio Grande do Sul registrou oito óbitos de pessoas presas. O número representa um aumento devastador de 40% no total de pessoas mortas por COVID-19 no sistema prisional gaúcho em relação aos 16 meses anteriores da pandemia. Até maio de 2021, foram 17 mortes oficiais.

No dia 17 de junho, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) divulgou um boletim do Sistema Prisional do RS, informando que o estado registra 24 óbitos, 3.393 detectados, 70 suspeitos. Em relação a servidores, o boletim do CNJ indica 420 casos detectados e oito óbitos.

O Rio Grande do Sul é o estado que registra o terceiro maior número de pessoas presas mortas por COVID-19. O estado também se destaca pela ausência de informações sobre a pandemia nas prisões. Mesmo com o elevado número de óbitos pela doença, não é possível encontrar maiores informações sobre quem são essas vítimas, além de números divulgados.

A imunização das pessoas privadas de liberdade no país segue lentamente. Segundo a revista Conjur, a proporção entre servidores imunizados ultrapassa em 100 vezes o de pessoas presas vacinadas. Em unidades prisionais, 36,7% dos funcionários já receberam a primeira etapa da imunização e 26,8% também a segunda, enquanto 0,90% das pessoas presas acessaram a primeira dose da vacina e 0,17% receberam as duas.

As informações sobre a vacinação no sistema carcerário do Rio Grande do Sul são escassas. De acordo com o G1, até maio, 777 pessoas presas tomaram a primeira dose da vacina, das quais 75 receberam as duas doses. Entre trabalhadores do sistema carcerário, o número mais que quadruplica: são 3.481 vacinados ao menos com uma dose e 594 com as duas.

A vacinação da população prisional é urgente. Em um ambiente insalubre e superlotado, o atual avanço do coronavírus traz perdas devastadoras.

O Infovírus lamenta imensamente as mortes e oferece conforto aos seus familiares.