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Familiares de detentos fazem protesto em Maceió depois de quase cinco meses sem informações

Infovírus

30 de julho de 2020

Há quase cinco meses sem informações sobre os presos, familiares realizaram protesto em frente ao complexo prisional de Alagoas no dia 21 de julho. Eles reivindicam informações sobre a saúde dos detentos, retomada das visitas e entrega de alimentos.

Além disso, foi realizada uma proposta de troca de cartas entre os presos e seus parentes, mas a iniciativa não foi acolhida, pois o Sistema Prisional do estado afirmou ter baixo efetivo. Em entrevista ao G1, manifestantes questionaram o fato de o governo do estado liberar a abertura e o funcionamento do comércio, mas privar os familiares da visita aos detentos. A medida mais amplamente adotada no contexto prisional brasileiro desde o início da pandemia foi a suspensão de visitas, decretada em março de 2020 no estado do Alagoas, que se mantém até hoje.

Algumas horas após o protesto, o secretário estadual de Ressocialização e Inclusão Social reuniu-se com a comissão de familiares de reeducandos e representantes da Ordem de Advogados do Brasil Seccional Alagoas (OAB-AL) para debater a retomada gradativa das visitas e da entrega de alimentos.

Na reunião, definiu-se que a entrega das feiras será retomada entre os dias 17 e 21 de agosto e as visitas voltarão a ocorrer entre os dias 4 e 6 de setembro. O plano considera a matriz de risco criada pelo Governo do Estado para orientar as fases do distanciamento social controlado. Serão permitidas as visitas apenas das pessoas com idade entre 18 e 59 anos e todos os visitantes terão a temperatura medida antes da visita.

De acordo com o boletim mais recente divulgado pela Secretaria da Ressocialização e Inclusão Social de Alagoas (Seris) em 23 de julho, há 11 suspeitas de contaminação, 44 presos infectados e nenhum óbito por COVID-19 no estado.