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Familiares de detentos fazem protesto em Maceió depois de quase cinco meses sem informações

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Há quase cinco meses sem informações sobre os presos, familiares realizaram protesto em frente ao complexo prisional de Alagoas no dia 21 de julho. Eles reivindicam informações sobre a saúde dos detentos, retomada das visitas e entrega de alimentos.

Além disso, foi realizada uma proposta de troca de cartas entre os presos e seus parentes, mas a iniciativa não foi acolhida, pois o Sistema Prisional do estado afirmou ter baixo efetivo. Em entrevista ao G1, manifestantes questionaram o fato de o governo do estado liberar a abertura e o funcionamento do comércio, mas privar os familiares da visita aos detentos. A medida mais amplamente adotada no contexto prisional brasileiro desde o início da pandemia foi a suspensão de visitas, decretada em março de 2020 no estado do Alagoas, que se mantém até hoje.

Algumas horas após o protesto, o secretário estadual de Ressocialização e Inclusão Social reuniu-se com a comissão de familiares de reeducandos e representantes da Ordem de Advogados do Brasil Seccional Alagoas (OAB-AL) para debater a retomada gradativa das visitas e da entrega de alimentos.

Na reunião, definiu-se que a entrega das feiras será retomada entre os dias 17 e 21 de agosto e as visitas voltarão a ocorrer entre os dias 4 e 6 de setembro. O plano considera a matriz de risco criada pelo Governo do Estado para orientar as fases do distanciamento social controlado. Serão permitidas as visitas apenas das pessoas com idade entre 18 e 59 anos e todos os visitantes terão a temperatura medida antes da visita.

De acordo com o boletim mais recente divulgado pela Secretaria da Ressocialização e Inclusão Social de Alagoas (Seris) em 23 de julho, há 11 suspeitas de contaminação, 44 presos infectados e nenhum óbito por COVID-19 no estado.