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Mesmo sem testagem em massa, estima-se que 198 servidores foram contaminados pelo novo coronavírus em São Paulo

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A Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) de São Paulo anunciou que os agentes penitenciários do estado passarão a ser testados para o novo coronavírus a partir do dia 15 de junho.

A decisão ocorreu após denúncia do Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado de São Paulo (Sifuspesp), que realizou um levantamento de que há 198 servidores contagiados, dos quais 16 morreram em decorrência da COVID-19, havendo ainda outros 84 suspeitos. Os números foram obtidos mesmo sem a testagem em massa, que já foi recomendada pela Defensoria Pública do Estado.

Entre os óbitos recentes, no dia 05 de junho foi noticiada pelo G1 a morte de um homem de 61 anos em Pacaembu, que trabalhava na penitenciária da cidade. Ele veio a falecer após ter ficado internado em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Santa Casa de Osvaldo Cruz.

Nesta semana a Justiça do Trabalho concedeu liminar obrigando a secretaria de Administração Penitenciária (SAP) de São Paulo a tomar uma série de atitudes para prevenir o contágio de funcionários e servidores do sistema penitenciário. Algumas medidas são o fornecimento de EPIs, kits de testes rápidos e insumos de higiene aos trabalhadores, entre outras. A Ação Civil Pública foi movida pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), com o Sindicato dos Agentes de Segurança Penitenciária e demais Servidores Públicos do Sistema Penitenciário e Sindicato dos Agentes de Segurança Penitenciária do Estado de São Paulo.

O Núcleo de Estudos da Burocracia (NEB), da Fundação Getúlio Vargas (FGV), em relatório de pesquisa sobre as fragilidade do sistema prisional brasileiro para lidar com a pandemia, pontua a falta de preparo dos agentes penitenciários. De acordo com levantamento divulgado, entre os agentes que responderam ao questionário, oito em cada dez reconheceram que não se sentem habilitados para atuar no cenário que se instalou.