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Minas Gerais registra um aumento de 17 mortes entre servidores e servidoras do sistema prisional

Infovírus

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De acordo com o acompanhamento feito pelo Infovírus junto aos órgãos oficiais, o número de pessoas privadas de liberdade que testaram positivo no sistema prisional de Minas Gerais apresentou um significativo aumento nos últimos dias. Segundo dados do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), até 28 de junho, há o registro de 19.071 casos suspeitos, 6.878 detecções e 13 óbitos por COVID-19 entre a população prisional do estado. São 62.912 pessoas privadas de liberdade em MG, o que significa que praticamente um terço da população prisional está com suspeita de infecção.

Segundo o boletim publicado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em 16 de junho de 2021, o número de servidores e servidoras positivados é de 2.646, o que torna MG o segundo estado com o maior número de contaminados. Infelizmente, o número de servidores e servidoras que perderam a vida em decorrência da COVID-19 também teve um aumento significativo: no dia 2 de junho, o CNJ informava três óbitos de trabalhadores e, em 16 de junho, esse número passou a ser 20, ou seja, em menos de um mês, houve o registro de 17 novos óbitos. 

No sistema socioeducativo, os números aparentemente estão estáveis, com 110 adolescentes infectados e 467 casos confirmados entre agentes socioeducadores. 

Um balanço da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) informa que mais de cinco mil policiais penais em 22 unidades prisionais no estado receberam pelo menos a primeira dose da imunização contra a COVID-19. Entre as pessoas privadas de liberdade, a prefeitura de Belo Horizonte informou que a imunização na cidade iniciaria até o dia 30 de Junho, iniciando pelo Complexo Penitenciário Feminino Estevão Pinto. Não foi possível obter o número exato de vacinados(as) até o momento no estado.

O CNJ publicou informativo que diz que, nacionalmente, o número de servidores/as que receberam ao menos a primeira dose da vacina ultrapassa em cem vezes os registros de imunização entre pessoas presas. Ou seja, há prioridade na aplicação da vacina em agentes do Estado, em detrimento da população sob a tutela estatal.

O Infovírus lamenta as mortes dos 17 servidores e servidoras que perderam a vida e presta solidariedade às suas famílias.