Em 6 de julho, são 262 detecções, 15 óbitos e 78 suspeitas no sistema prisional do estado de São Paulo, de acordo com o painel do Departamento Penitenciário Nacional (Depen). Entre 29 e 30 de junho, o número de casos confirmados no estado no painel diminuiu de 1.019 para 217. Além dessas 802 pessoas, houve redução do número de suspeitos, que caiu de 102 para 77. O número de óbitos permaneceu o mesmo: 15.
A justificativa dada pela Secretaria de Administração Penitenciária do estado (SAP) para a atualização dos dados faz referência ao método de testagem. Passaram a ser desconsiderados os resultados positivos de exames sorológicos de testagem rápida, que indicam presença de anticorpos nos indivíduos testados, contabilizando apenas os resultados obtidos por meio do exame RT-PCR (sigla em inglês para transcrição reversa seguida de reação em cadeia polimerase). Não se tem informação clara se esta modificação metodológica do painel do Depen está uniformizada nos demais estados.
À Ponte Jornalismo, a SAP-SP informou números que continuam a não coincidir com o Painel: “219 confirmados com COVID-19 por exame PCR, sendo que desses 15 faleceram, 409 com suspeitas que atestaram positivo em Teste Rápido e 76 isolados com suspeita sem confirmação”.
Segundo a Ponte Jornalismo, uma visita técnica do Núcleo de Situação Carcerária da Defensoria Pública detectou 700 casos confirmados de COVID-19 na Penitenciária Dr. Antonio de Souza Netto em Sorocaba. A testagem massiva foi realizada no local onde cumpria pena José Iran Alves da Silva, primeiro óbito por coronavírus no sistema penitenciário de São Paulo e segundo do país.
A SAP-SP informa à Ponte Jornalismo que são 310 servidores do sistema prisional confirmados com COVID-19 por exame PCR. 18 faleceram, 263 com suspeitas que atestaram positivo em Teste Rápido e 279 afastados com suspeita sem confirmação.