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Paraná é o quarto estado com mais casos confirmados de COVID-19 entre pessoas privadas de liberdade

Infovírus

De acordo com o boletim do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) publicado em 5 de maio, o Paraná registrou 12 óbitos e 4.063 casos de COVID-19 entre a população prisional, e sete óbitos em decorrência da doença. Segundo o CNJ, o Paraná ocupa o quarto lugar entre as unidades federativas que mais registram casos de contaminação pelo novo coronavírus entre a população prisional. Entre agentes do sistema prisional, são 943 casos positivos de COVID-19 até a referida data.

No sistema socioeducativo, até 5 de maio, foram registrados 23 casos confirmados entre adolescentes em situação de privação de liberdade e dois óbitos pela doença. Além disso, o CNJ informa o registro de 206 casos positivos de COVID-19 entre agentes socioeducadores.

O painel do Departamento Penitenciário Nacional (Depen) não apresenta atualização sobre os casos de óbitos, contágios, testes, suspeitas e recuperações da COVID-19 desde 19 de outubro de 2020. Há sete meses, o painel informa 1.368 casos confirmados, 1.386 suspeitas e três óbitos pela doença entre a população prisional do Paraná. 

A Defensoria Pública do Estado do Paraná, por meio dos Núcleos de Política Criminal e Execução Penal (NUPEP) e a Promoção e Defesa dos Direitos da Mulher (NUDEM), ingressou com uma Ação Civil Pública contra o Estado do Paraná e a Secretaria de Estado da Saúde do Paraná no dia 3 de maio. A ação busca promover a imediata vacinação das pessoas privadas de liberdade que atendam ao critério de priorização por idade ou pela condição de gestante/puérpera, seguindo o andamento da vacinação da localidade em que estejam encarcerados e encarceradas.

Segundo o jornal Gazeta do Povo, o Paraná tem mais de 60 mil pessoas privadas de liberdade e mais de 700 apenados e apenadas com idade superior a 60 anos de idade, entrando nos requisitos de faixa etária para a vacinação. O alto número de pessoas idosas presas no estado é preocupante devido às condições carcerárias insalubres e precárias, e demonstra a urgência e a necessidade de priorização desse grupo nos planos de imunização.