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Registro de casos de COVID-19 entre a população prisional do Mato Grosso do Sul aumenta 196% em duas semanas

Infovírus

· De olho no painel

No Mato Grosso do Sul, o contágio de COVID-19 entre a população prisional cresceu 196% nas últimas duas semanas. No dia 31 de julho, o estado registrava 157 casos confirmados, segundo o boletim da Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (AGEPEN/MS). No dia 14 de agosto, esse número subiu para 465 casos, de acordo com o último boletim divulgado pela AGEPEN.

Em 17 de agosto, o painel do Departamento Penitenciário Nacional (Depen) mostra 472 detecções e 135 suspeitas de contaminação pelo novo coronavírus.

O índice de contaminação nos presídios do estado é de 2,6%. Na população em geral, a incidência de contaminação é de aproximadamente 1,34%. Isso significa que a incidência de contaminação pelo novo coronavírus na população prisional é 94% maior do que na população não privada de liberdade no Mato Grosso do Sul.

O sistema prisional sul-mato-grossense tem a quarta maior superpopulação do Brasil e opera 89,3% acima da sua capacidade total de acomodação. Esse fator, aliado ao baixo números de testes aplicados, cuja quantidade não é informada nos boletins diários da AGEPEN, e à grave subnotificação, faz com que o número de contaminados pelo novo coronavírus possa ser ainda mais alto.

 

A unidade prisional que mais registra casos de COVID-19 no estado é o Instituto Penal, em Campo Grande, com mais de 200 casos confirmados. Além disso, o sistema prisional sul-mato-grossense contabiliza 99 servidores infectados pela COVID-19. Segundo dados oficiais, nenhum óbito em decorrência do novo coronavírus ocorreu até o momento entre a população carcerária do estado.