O boletim do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) de 11 de novembro registrou 121 mortes oficiais por COVID-19 entre pessoas privadas de liberdade no Brasil e 36.558 pessoas diagnosticadas com o novo coronavírus até 9 de novembro.
De acordo com o mesmo boletim, o sistema carcerário do Piauí registra 735 custodiados contaminados pelo novo coronavírus e um óbito pela doença. Em 9 de setembro, o estado registrava 481 detentos positivados com a COVID-19 e nenhum óbito, o que significa que, em pouco mais de dois meses, o número de detentos confirmados com o novo coronavírus cresceu 52% e o de óbitos 100%.
O único óbito por COVID-19 registrado entre pessoas presas no Piauí não foi noticiado pelas plataformas digitais da Secretaria de Administração Penitenciária do Estado (Sejus). Não há informações detalhadas sobre de qual unidade prisional, gênero, raça ou qualquer outro detalhe sobre o sujeito que faleceu sob custódia do estado.
No painel do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), o primeiro óbito foi registrado no dia 30 de setembro. No painel, o sistema penitenciário do Piauí registra 708 detentos contaminados com o novo coronavírus, um óbito por COVID-19 e 832 casos suspeitos entre a população prisional em 12 de novembro.
Apesar do silêncio sobre o número de contaminações ou sobre o estado de saúde dos custodiados que testaram positivo para a COVID-19, o site da Sejus apresenta diversas notícias sobre testagem, recuperação de servidores e aquisição de equipamentos de proteção. A falta de informações específicas sobre a saúde dos internos é ofuscada por textos que mostram uma aparente eficiência nas medidas adotadas.