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RJ registra morte de dois servidores do socioeducativo e MG atinge dez óbitos por COVID-19 entre pessoas presas

Infovírus

· De olho no painel

O estado do Rio de Janeiro registrou a morte por COVID-19 de dois agentes socioeducadores, segundo o boletim do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) de 10 de março. Os nomes e a unidade dos agentes não foram divulgados. O sistema socioeducativo brasileiro registra 5.524 casos de COVID-19 e 39 óbitos entre servidores. Entre adolescentes privados de liberdade, são 1.629 registros de casos confirmados, segundo o CNJ.

De acordo com o painel do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), há 449 confirmações e 16 óbitos causados pela COVID-19 entre a população prisional do estado do RJ em 16 de março. No entanto, desde outubro de 2020 não são publicadas alterações nos dados do Depen. No sistema socioeducativo fluminense, o boletim do CNJ de 10 de março informa 216 adolescentes e 238 socioeducadores positivados com a doença.

A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do RJ (Seap/RJ) divulgou em seu último boletim (05/03 a 11/03) que o estado tem 500 internos infectados, pouco mais do que registra o painel do Depen. Esses dados indicam que, além de divergência, há possibilidade de subnotificação dos casos. O Infovírus tem denunciado essa situação, sobretudo pelo avanço da pandemia no estado e entre servidores do sistema.

Em Minas Gerais foi registrada mais uma morte de pessoa presa com COVID-19, segundo o painel do Depen e o boletim do CNJ. O nome do interno não foi divulgado. O estado registra 4.962 detecções do novo coronavírus entre detentos, um aumento de 49 casos nas duas últimas semanas, segundo as atualizações dos órgãos oficiais. O aumento dos casos no sistema socioeducativo foi mais expressivo: entre o boletim do CNJ de 20 de janeiro e o de 10 de março, foram registrados 497 novos casos de COVID-19 entre servidores. No mesmo período, o número de confirmações entre adolescentes que cumprem medida no estado aumentou de 259 para 315.

 

O Infovírus lamenta as mortes de servidores e de internos, e reforça a necessidade de maior atenção ao sistema prisional e socioeducativo enquanto crescem os números de infectados e óbitos por COVID-19 no país.