Em 22 de junho, a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) do Maranhão autorizou o retorno das visitas íntimas, que poderão ser realizadas quinzenalmente. Também foi liberada a entrada de pessoas do grupo de risco, desde que estejam vacinadas com as duas doses, após o período de 30 dias.
O painel do Departamento Penitenciário Nacional (Depen) registra 551 detecções e três óbitos por COVID-19 entre a população carcerária do Maranhão até 24 de junho. De janeiro até junho, houve 230 novos casos da doença. Porém, os dados podem estar subnotificados, pois segundo o último boletim de monitoramento do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em 16 de junho, apenas 14% da população prisional do estado foi testada.
De acordo com o mesmo boletim, 362 pessoas privadas de liberdade foram vacinadas com a primeira dose e 19 delas já receberam a segunda. A população carcerária do Maranhão é de 12.346 pessoas (Infopen). Com isso, apenas 2,9% das pessoas privadas de liberdade receberam a vacina. Em relação a servidores, 4.517 receberam a primeira dose e 2.173 já foram contemplados com a segunda. Segundo a Seap, em 18 de maio, foi encerrada a primeira etapa de vacinação entre os servidores do sistema penitenciário.
O baixo número de pessoas presas vacinadas contrasta com o avanço da imunização em São Luís. Segundo dados de 2019 da Sociedade Maranhense de Defesa dos Direitos Humanos, a capital abriga cerca de 46% de toda a população prisional do estado. Ao G1, a Prefeitura de São Luís informou que a taxa de vacinação da população adulta era de 80,01% no dia 22 de junho. Isso significa que a população prisional não foi considerada prioridade e sequer foi vacinada no mesmo ritmo que a população em geral.
O boletim do CNJ afirma não haver disponibilização dos dados sobre a vacinação para adolescentes privados de liberdade no sistema socioeducativo maranhense. 573 servidores do socioeducativo foram vacinados com a primeira dose e 190 deles já foram imunizados com a segunda.