A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Distrito Federal (SEAP-DF) registrou duas mortes de internos em razão da COVID-19 em cinco dias. Trata-se de um idoso de 77 anos, que sofria de comorbidades, e de outro homem, cujo nome e idade não foram informados pelo órgão.
Em 1 de julho, o número de detecções e recuperações no Distrito Federal passa de 1.200, de acordo com o painel do Departamento Penitenciário Nacional (Depen). A SEAP afirma ter feito 6 mil testes, o que representa 50% da testagem total do sistema penitenciário brasileiro (12.522, segundo o Depen). No entanto, as Secretarias de Saúde e de Administração Penitenciária, não informam discriminadamente quantos testes foram feitos nos internos e quantos foram feitos nos agentes, nem quais foram os tipos de testes aplicados por grupos e unidades.
Os agentes penitenciários que testam positivo para a COVID-19 são afastados do trabalho, enquanto os internos são isolados no próprio complexo, que não oferece assistência à saúde adequada, como registrou uma médica do hospital de referência da região que atendeu pacientes oriundos do sistema prisional.
Os dois blocos inaugurados pelo governo do Distrito Federal para comportar os internos que foram detectados com COVID-19 já funcionam acima da capacidade. Localizados no Centro de Detenção Provisória (CPD) e com capacidade para 400 pessoas, os locais tinham lotação total de 473 detentos no dia 23 de junho.