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Sistema prisional do Espírito Santo registra terceira morte por COVID-19

Infovírus

· De olho no painel

A Secretaria de Justiça do Espírito Santo (Sejus) confirmou no sábado (16), a terceira morte no sistema prisional do estado: um interno de 66 anos, na Penitenciária Regional de Cachoeiro de Itapemirim.

Em 30 de abril, foi noticiado que um detento de 37 anos faleceu com síndrome respiratória aguda grave e suspeita de contaminação pelo novo coronavírus no presídio Santa Fé, no município de Colatina.
Não há informações sobre o resultado do exame, e não é possível saber se entre os três óbitos noticiados está incluso o ocorrido em prisão domiciliar, noticiado em 29 de abril.

A dificuldade de compreensão dos números ocorre pela falta de acesso aos nomes dos internos contaminados e mortos, o que a Defensoria Pública do Estado (DPE/ES) solicitou em ofício enviado à Sejus no final do mês de abril. A secretaria se comprometeu a divulgar as informações, o que não aconteceu.

Em boletim de 19 de maio, a Sejus registrou 45 casos confirmados entre os apenados no estado, dos quais 35 já se encontrariam curados. Outros 30 aguardam o resultado do exame.

Entre os servidores, 39 já testaram positivo. Destes, 21 se recuperaram e retornaram ao trabalho, segundo A Gazeta. Os dados do painel do Depen sobre o Espírito Santo contam 12 detecções, três óbitos e 42 internos recuperados da COVID-19.

A Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados recebeu neste mês denúncias de negligência no tratamento de detentos. No Espírito Santo, o cenário descrito é de celas superlotadas e de internos sendo obrigados a se lavar na pia da cela.

De acordo com o Núcleo de Direitos Humanos da DPE/ES, há relatos de racionamento de água em algumas unidades prisionais. A DPE/ES recomendou a obrigatoriedade do uso de máscara aos profissionais e a testagem em massa nos presídios e no sistema socioeducativo, conforme o G1.

Cerca de 200 famílias encaminharam cartas ao governador Renato Casagrande (PSB), em que dizem entender as limitações impostas para evitar o contágio no ambiente prisional, mas relatam dificuldade para obter informações sobre quem está cumprindo pena, como noticiou A Gazeta.