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Sistema Socioeducativo de MG registra primeira morte oficial de agente socioeducador: Leonardo, de 47 anos

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O sistema socioeducativo brasileiro registra 1.541 casos de COVID-19 entre os adolescentes que cumprem medida, segundo o boletim do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), divulgado em 24 de fevereiro. Segundo o boletim, Minas Gerais registra 66 casos oficiais de COVID-19 entre socioeducandos e 321 casos da doença entre servidores do sistema. De 23 de dezembro a 24 de fevereiro, foi registrado aumento de mais de 100 casos oficiais entre servidores do sistema socioeducativo de MG.

No dia 4 de fevereiro, foi confirmada a morte de um agente socioeducador, vítima da COVID-19. Leonardo da Silva Bonifácio, de 47 anos, trabalhava no Centro de Internação Provisória (Ceip) Dom Bosco, em Belo Horizonte.

Em reportagem do G1, o Sindicato dos Auxiliares Assistentes e Analistas do Sistema Prisional e Socioeducativo de Minas Gerais (Sindasep) e o Sindicato dos Servidores Públicos do Sistema Socioeducativo do Estado de Minas Gerais (Sindsisemg) denunciam um surto de contaminação nos centros de internação em Belo Horizonte. Além disso, agentes informam que os protocolos de saúde, como a testagem quinzenal de funcionários, não têm sido seguidos.

A situação no sistema carcerário também é preocupante: segundo o boletim do CNJ, há o registro de 4839 pessoas presas com COVID-19 em Minas Gerais e nove óbitos em decorrência da doença. Entre os agentes penitenciários esse número chegou a 1449 contaminados e 3 óbitos. A Frente Estadual pelo Desencarceramento de MG denunciou a situação precária nos estabelecimentos prisionais, o fornecimento de comida estragada e a insatisfação de familiares de presos, sobretudo mulheres, que tiveram o auxílio de R$39,00 cortado pelo governador do estado.

O governo de Minas Gerais disse ao R7 que não há informações ou previsões sobre a vacinação de pessoas presas, incluídas no grupo prioritário de imunização. Essa informação indica que a situação de contaminação nas unidades prisionais e no sistema socioeducativo podem agravar ainda mais, uma vez que essa população vive em constante aglomeração, com precário acesso à higiene, ventilação e atendimento médico.