A Secretaria de Justiça do Espírito Santo (Sejus) confirmou no sábado (16), a terceira morte no sistema prisional do estado: um interno de 66 anos, na Penitenciária Regional de Cachoeiro de Itapemirim.
A dificuldade de compreensão dos números ocorre pela falta de acesso aos nomes dos internos contaminados e mortos, o que a Defensoria Pública do Estado (DPE/ES) solicitou em ofício enviado à Sejus no final do mês de abril. A secretaria se comprometeu a divulgar as informações, o que não aconteceu.
Em boletim de 19 de maio, a Sejus registrou 45 casos confirmados entre os apenados no estado, dos quais 35 já se encontrariam curados. Outros 30 aguardam o resultado do exame.
A Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados recebeu neste mês denúncias de negligência no tratamento de detentos. No Espírito Santo, o cenário descrito é de celas superlotadas e de internos sendo obrigados a se lavar na pia da cela.
De acordo com o Núcleo de Direitos Humanos da DPE/ES, há relatos de racionamento de água em algumas unidades prisionais. A DPE/ES recomendou a obrigatoriedade do uso de máscara aos profissionais e a testagem em massa nos presídios e no sistema socioeducativo, conforme o G1.
Cerca de 200 famílias encaminharam cartas ao governador Renato Casagrande (PSB), em que dizem entender as limitações impostas para evitar o contágio no ambiente prisional, mas relatam dificuldade para obter informações sobre quem está cumprindo pena, como noticiou A Gazeta.